Verão Azul, Primavera Sol

Ontem, depois do almoço tomei café com a minha avó, que me disse:
- Agora sim, estás melhor, assim com a cara cheiinha. Estás mais bonita.
Isso significa, em linguagem das avós, que precisamos de perder uns quilos, certo? É o padrão a que tenho assistido. Ano após ano.
No Inverno como, como, C O M O, e quase a chegar à Primavera lá vem a sentença:
- Estás muito melhor assim, filha. Agora sim.
E tudo porque vesti uma t-shirt.
Depois desta conversa, abdiquei de procurar os chocolates escondidos pelo meu pai, de devorar os bolos comprados pela minha mãe!
Quando cheguei a casa, cheia de sono e com vontade de dormir uma sesta em frente à televisão, obriguei-me a encher os pneus da bicicleta e sair de casa ainda antes das 18h.
Sem pensar em nada! Nem sequer nas línguas de gato dentro do enorme frasco!
Mas eu adoro andar de bicicleta. Sem capacetes e toda a parafernália das modas aos fins-de-semana! Só a bicicleta e uma mochila (nada daquelas coisas maricas, minúsculas, a combinar com os calçõezinhos justos e almofadados!) com água, telemóvel e carteira.
E é bom encontrar quem faça o mesmo que eu, ao final do dia, sem "cupões ou outras complicações"! São principalmente adolescentes, a lembrar os heróis por um Verano dos espanhóis azuis. Mas não só. Não só.
1 hora a andar!
1 hora!
Na cidade. Nos passeios. Na nova ainda inacabada ciclovia do Polis.
Para terminar e já a cair a noite, um café e uma água com sabor a morango, ao final de tarde. Ao início da Primavera.
Ao longe, um ciclista de fim-de-semana esquecido que ainda faltam 2 dias para sair do armário.